No contexto internacional do pós-guerra, com a divisão da hegemonia econômica entre Estados Unidos e União Soviética, a ajuda externa à América Latina se tornou objeto de interesse dos estadunienses. Assim, convênios com instituições educacionais ligadas à agricultura foram firmados para abrir maiores possibilidades de negócios entre os dois países. Segundo Rodrigo Patto, para coordenar a aplicação do projeto modernizador encampado pela administração de John F. Kennedy (1961 /1963), sobretudo os programas vinculados à Aliança para o Progresso, foi criada, em 1961, a United States Agency for International Development, a USAID, ou simplesmente AID, forma como é chamada nos Estados Unidos. Com a criação da USAID e da Aliança para o Progresso, de Kennedy, o interesse dos funcionários americanos em relação ao Ensino Superior brasileiro aumentou, e novos programas foram criados. De certa forma, era interessante atender às solicitações dos líderes brasileiros por ajuda na modernização das universidades – tratava-se de figuras influentes, era inteligente agradá-los, aceitando suas demandas. Naquele momento, as faculdades tornavam-se mais estratégicas, à medida que se intensificava a mobilização política da esquerda, e essa frente de batalha não poderia ser deixada para segundo plano.

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