Data da morte:22/11/1979

Local:Frutal

Durval Ventura de Souza era advogado e presidente do STR de Frutal. Ele foi morto por três pistoleiros contratados pelo fazendeiro Rudis Dias de Oliveira. Na ocasião, Durval Ventura defendia na Justiça o direito de 700 posseiros que habitavam local denominado Serra das Araras, além de interceder a favor de um trabalhador rural que cobrava uma dívida de Cr$ 16 mil do fazendeiro Rudis Dias.327 Os pistoleiros receberam, como pagamento, Cr$ 30 mil e três garrafas de cachaça. Um dos pistoleiros se chamava Paulo Mateus e os outros dois não foram identificados, pois logo após o assassinato se mudaram para o Mato Grosso.

Rudis Dias e Paulo Mateus foram julgados e, em seu depoimento, o fazendeiro alegou legítima defesa e que, ao saber de supostas intenções da vítima em liquidá-lo, preferiu matar para não morrer.

De acordo com correspondência enviada pelo então presidente do STR de Frutal para o presidente Fetaemg, André Montalvão, em 26/07/1985:

"o criminoso está trabalhando em uma fazenda, e à noite ele dorme no Quartel da PM, só que nós gostaríamos que ele estivesse preso preventivo. O julgamento dele se deu no começo do mês de fevereiro desse ano, a pena foi de (4) quatro anos."

A Covemg não conseguiu descobrir se – e por quanto tempo – os dois envolvidos cumpriram a pena. O nome de Durval consta nas publicações “Camponeses mortos e desaparecidos: Excluídos da Justiça de Transição”, “Relatório final: Violações de Direitos no campo 1946 a 1988” e “Assassinatos no campo crime e impunidade, 1964-1986”

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