Além dos expurgos de estudantes, objetivo prioritário dos órgãos de repressão, professores, pesquisadores e técnicos administrativos das universidades, considerados contrários ao regime militar, também estiveram na mira do regime autoritário. A UFMG já possuía um considerável número de professores e técnicos-administrativos durante o período da ditadura militar, desde o início do golpe até meados de 1982. Baseando-se no artigo 21 do Decreto n° 62.803, de 03/06/1968, que aprovava o regulamento das Divisões de Segurança e Informações (DSIs) dos Ministérios Civis foi estipulada a obrigatoriedade de fornecer às DSIs os dados, informações e esclarecimentos que lhes fossem solicitados118 Essa norma, que era aplicada a todas as organizações oficiais da União, subordinadas e vinculadas a cada um dos Ministérios, foi o embasamento utilizado para os recorrentes pedidos de identificação de professores e funcionários das universidades.

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